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Juliana Martins fala de trabalho em presídio e da filha de 19 anos

Primeira protagonista de “Malhação”, Juliana Martins trabalha num projeto de série. A ideia surgiu depois que ela deu aulas de teatro a menores infratores no Departamento Geral de Ações Socioeducativas (Degase), no Rio de Janeiro.

– Passei um ano e meio indo ao presídio. As aulas duravam quatro horas e aconteciam duas vezes por semana. Trabalhei com eles o livro ‘Capitães de areia’ (de Jorge Amado). Foi uma experiência incrível. Vivi bons momentos e não me senti ameaçada de forma alguma. Entendi muita coisa sobre adolescência, família, leis, injustiça e criminalidade. Escrevi bastante e filmei depoimentos meus e dos meninos. Quero transformar isso em série. Já estou em conversas com uma roteirista e uma diretora. A ideia é que eu atue no projeto, interpretando a minha personagem.

Além disso, a atriz se dedica ao teatro e se prepara para entrar em turnê com o espetáculo “Eu te amo”, que já está em cartaz há dez anos. Ela contracenará com Heitor Martinez:

– Heitor é um amigão. É a quinta peça que faremos juntos. Começarei a viajar em abril. Iremos a Florianópolis, Teresina, Salvador, Tiradentes, Volta Redonda e São Paulo.

Na TV, Juliana vem fazendo várias pequenas participações, mas não tem um papel fixo em novelas desde 2014, quando esteve em “Geração Brasil”:

– Tenho minhas ideias de projetos, mas adoro ser convidada também. Por enquanto, não há nada à vista. Estou com saudades de fazer TV. Em 2020, completo 35 anos de carreira. E ‘Malhação’ vai fazer 25. É um ano simbólico.

Juliana, de 45 anos, é mãe de Luisa, de 19, que cursa a faculdade de Comunicação Social na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Ela conta que a jovem pretende seguir carreira no cinema.

– Ela foi voluntária no Festival do Rio e tem vontade de mexer com roteiros. Ainda é cedo para dizer se trabalharemos juntas um dia, mas teria tudo a ver – explica a atriz, que é só elogios para a filha. – Ela e a turma são os jovens do futuro. Vegetarianos, democráticos, querem direitos iguais para todos e vão às ruas defender o que pensam. São muito conscientes, é bem legal.

Juliana diz que mantém uma relação bastante próxima com Luisa.

– Eu sou mãe superamiga, mas ela tem suas melhores amigas. Sei de tudo o que se passa na vida dela, mas são 26 anos de diferença. Ela não é minha brother, mas minha filha, né? – brinca.

Fonte: Patricia Kogut

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