No cenário encantador de Bonito, Mato Grosso do Sul, uma questão de direitos do consumidor surge como um desafio para a ética comercial. A cidade, reconhecida como o “Melhor Destino do Ecoturismo do Brasil”, testemunha o retorno de uma prática antiga e prejudicial: a venda casada em diárias hoteleiras.
A situação, identificada pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul, despertou novamente a atenção das autoridades. A recomendação emitida pelo MPMS, publicada recentemente, ecoa o alerta emitido em 2009. Naquela época, a 1ª Promotoria de Justiça de Bonito instruiu os estabelecimentos a abandonarem a exigência de um período mínimo de permanência em feriados ou datas especiais.
A prática da venda casada, que agora ressurge, impõe um dilema aos visitantes. Mesmo desejando uma estadia curta, eles são confrontados com pacotes de múltiplos dias, uma imposição que não condiz com a liberdade de escolha do consumidor.
O Ministério Público, ao reiterar sua recomendação, não apenas busca proteger os direitos básicos do consumidor, mas também preservar a reputação de Bonito como um destino turístico exemplar. A cidade, que celebrou um recorde de visitantes em 2023, é uma fonte de orgulho para o estado e um importante motor econômico para a região.
A recomendação emitida estabelece prazos e diretrizes claras para que hotéis, pousadas e autoridades locais atuem em conformidade com a legislação. A não observância dessas orientações pode resultar em medidas judiciais, destacando a seriedade com que o Ministério Público encara essa questão.
Diante do crescimento contínuo do turismo em Bonito, é essencial que todas as partes envolvidas zelem pela transparência e pelo respeito aos direitos dos visitantes. Somente assim, a cidade poderá manter seu prestígio e atrair cada vez mais turistas, fortalecendo sua economia e sua identidade única.
