Mato Grosso do Sul registrou somente em 2021, 11 mil casos e 13 mortes provocadas pela dengue. Para fazer o enfrentamento da doença, o governo do estado lançou ontem quinta-feira (4), a campanha “Guerra contra o Mosquito”.
A iniciativa prevê diversas ações de conscientização destinadas à população e o início da nova fase do programa da Wolbachia LDO, com a liberação de ovos de aedes aegypti com a bactéria que evita a transmissão de doenças. Além disso, um Dia D de combate às arboviroses está marcado para 20 de novembro.
“Serão várias ações, a partir do dia 20 de novembro, nós vamos ter o Dia D, onde vamos convocar todos os secretários para um verdadeiro mutirão e reflexão sobre a questão da dengue, chikungunya e zika. Também vamos fazer vários seminários a partir dos próximos dias para que possamos levar informações e acima de tudo mobilizar todos os municípios para o enfrentamento dessas doenças”, explicou Geraldo Resende, secretário estadual de saúde do estado.
O mosquito Aedes aegypti é o responsável por transmitir a dengue, zika e a febre do chikungunya. Para controlar a proliferação do mosquito é preciso evitar água parada, onde ele deposita os ovos e aumenta a reprodução. “A dengue está muito presente, principalmente nessa época chuvosa. É importante fazer essas ações a fim de diminuir a incidência aqui no nosso Estado”, pontua Resende.
Segundo o secretário, o governo também providenciou a troca de maquinários nos municípios de MS. “Nós fizemos todos os levantamentos possíveis, conseguimos substituir todas as máquinas que emprestamos para os municípios, aquelas para fazer o chamado fumacê, compramos máquina de uso domiciliar, de uso externo, reorganizamos todos os maquinários, para que junto com os municípios possamos enfrentar essas doenças”, frisa.
Porém, Resende frisa que sem o apoio da população é difícil controlar o avanço da doença, já que muitos focos de ovos do mosquito estão em residências e estabelecimentos comerciais.
Em 2021, foram registrados mais de 11 mil casos de dengue e 13 mortes até o dia 3 de novembro, número bem menor do que durante todo o ano anterior, quando ocorreram 52 mil casos e 43 óbitos, segundo dados da Secretária de Estado de Saúde (SES/MS). No caso da Chikungunya, desde 2014, o recorde de incidência foi em 2020, com 386 casos. Já em 2021, foram 166 notificações da doença.