Na teoria, Filó (Dira Paes) só é mãe de Tadeu (José Loreto), mas, na prática, acaba sendo um pouco de tudo mundo na fazenda. E até de quem não mora mais lá. Convencida a ajudar Jove (Jesuíta Barbosa) e Juma (Alanis Guillen) a se acertarem, ela vai até a tapera, conversar com a onça.
Carinhosa como sempre, começará lembrando à moça que conheceu os pais dela e que ambos eram pessoas da melhor qualidade.
“Coitados, eles tavam tão perdido na vida, filha, que fazia até dó”, relembra Filó. “Foram entrando, tomando conta dessa tapera, dessa terrinha em volta. E passaram a viver aqui como se fosse deles”.
“A gente entende o apego que ocê tem por isso aqui tudo”, continua ela.
“Pai e mãe tão enterrado aqui”, dirá Juma.
Conversa adentro, Filó dirá que José Leôncio (Marcos Palmeira) nunca pensou em derrubar aquela casa. Justifica que quando ameaçou, foi da boca para fora. E que, na verdade, todos sempre quiseram que ela morasse na fazenda junto do resto da família da que ela agora faz parte.
“Que raio de amor é esse que ocê tem pelo Joventino? Que não se pode ceder em nada. Que tem que ser tudo do seu jeito, se não, ocê foge!”, argumentará a parceira de Zé Leôncio.
“Não tenho mais amor nenhum. (…) Ele traiu a minha confiança. A minha e a do Velho!”, responderá Juma, com dor nos olhos.
“Se o Velho soube perdoar ele, ocê não vai saber?”, dirá Filó, que ainda a lembrará que a moça espera um filho de Jove.
“O teu pai pra ocê é só uma lembrança distante, Juma. Uma cruz numa sepultura aí num canto. Mas o pai do teu filho tá vivo. (…) Ocê acha justo com seu filho ocê enterrar o Joventino, que nem sua mãe teve que fazer com teu pai, sendo que ele tá vivo?”
Fonte: G1
