Na última quarta-feira (25), Genivaldo de Jesus Santos, de 38 anos, morreu após ser abordado e colocado no porta-malas de uma viatura da Polícia Rodoviária Federal (PRF), no município de Umbaúba, em Sergipe. De acordo com o Instituto Médico Legal (IML), ele morreu por asfixia. O fato gerou indignação entre os parlamentares da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS), entre eles o deputado Pedro Kemp (PT), que fez uso da tribuna para cobrar uma abordagem policial sem a violação dos direitos humanos.
Genivaldo fazia tratamento para esquizofrenia e morreu após ser trancado no porta-malas da viatura, onde agentes detonaram uma bomba de gás lacrimogêneo e spray de pimenta. “Dentre inúmeras entidades de defesa dos direitos humanos, a ONU [Organização das Nações Unidas] se manifestou e cobrou das autoridades brasileiras a investigação e prisão dos responsáveis pelo ato de selvageria e extrema desumanidade”, disse Kemp.
O fato também causou perplexidade nos deputados Zé Teixeira (PSDB) e Amarildo Cruz (PT). “Um homem negro e pobre foi morto asfixiado em uma viatura. Os agentes transformaram o carro em uma câmara de gás. É mais um ato que demonstra que a violência no Brasil tem alvo. Não podemos no calar, o Estado não pode promover a violência. O combate à violência se faz investindo em educação e geração de emprego”, afirmou Amarildo.
Coronel David (PL) lamentou a postura dos policiais, mas acrescentou que a imagem não pode ser estendida à instituição. “A PRF já informou que investigará o caso e pretende modificar o treinamento dado aos seus integrantes. O caso fugiu à regra do brilhante trabalho realizado pela instituição aos brasileiros”, destacou.
Agência ALEMS
