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Sem a vice e com disputa entre igrejas, partido Republicanos racha em MS

Depois de ter ficado sem a vaga de vice na chapa de Riedel (PSDB), partido enfrenta “guerra santa” entre Universal e Sara Nossa Terra

A disputa entre igrejas evangélicas e a escolha do deputado estadual Barbosinha (PP) para ser vice do candidato ao governo de Mato Grosso do Sul Eduardo Riedel (PSDB) racharam o partido Republicanos em Mato Grosso do Sul.

As tensões criadas com o preterimento do bispo Marcos Vitor, da Igreja Sara Nossa Terra, de Dourados – que chegou a ter recebido a confirmação de correligionários de que participaria da chapa ao governo –, ainda não foram arrefecidas nas igrejas Universal e Sara Nossa Terra, que, com grande número de fiéis, travam disputa por uma vaga na Câmara dos Deputados e pelo comando do partido no futuro.

O racha dentro do partido também representa um racha nas denominações evangélicas que o compõem e denota que a disputa por poder interno deve aumentar até o dia das eleições.

Enquanto o grupo ligado ao pastor e candidato a deputado federal Wilton Acosta, da Igreja Sara Nossa Terra, mantém grande proximidade com a campanha de Riedel, lideranças religiosas (algumas da mesma igreja) de Dourados e de outras cidades do Estado ainda não teriam digerido a troca de Marcos Vitor por Barbosinha faltando poucos minutos para a convenção do PSDB, no dia 5 deste mês.

Em uma ala expressiva do Republicanos, as queixas são da falta de zelo de Wilton com a exposição indevida do bispo Marcos Vitor, preterido pelo PSDB para vice de Riedel.

A frustração no Republicanos foi grande, porque um acordo costurado no início do mês, em Brasília, com lideranças nacionais do partido (e das igrejas que o compõem), previa uma aliança com postos-chaves da chapa para os quatro maiores partidos em torno da aliança de Eduardo Riedel: o tucano candidato ao governo; Tereza Cristina (PP) candidata ao Senado; Tenente Portela (PL) na suplência de Tereza; e o bispo douradense, do Republicanos, como vice de Riedel.

A escolha de Barbosinha (PP) deixou o Republicanos sem espaço de destaque na aliança, desagradando até mesmo à cúpula em Brasília

Sara x Universal

O clima ainda mal resolvido na aliança, conforme apurou o Correio do Estado, abriu uma brecha para que o grupo ligado à Igreja Universal do Reino de Deus avançasse sobre o grupo de Wilton Acosta.

Ninguém mais esconde que no meio evangélico a corrida está aberta entre o vereador da Capital e pastor Gilmar da Cruz e Wilton Acosta.

Ambos são candidatos a deputado federal pelo partido, e a expectativa – otimista – é de que o Republicanos eleja apenas um representante na Câmara Federal.

No partido, majoritariamente evangélico, um precisará do outro para atingir o coeficiente eleitoral, mas tanto Wilton quanto Gilmar da Cruz têm pretensões de vencer.

Um possível cenário de pós-eleição é a segunda causa do racha no partido. É que uma eventual eleição de mais integrantes da Igreja Universal abriria caminho para que Wilton, que representa a Igreja Sara Nossa Terra, perdesse o comando do partido em Mato Grosso do Sul.

Lideranças do partido que participam de reuniões do núcleo duro da campanha de Eduardo Riedel atuam para acalmar os ânimos na disputa entre as denominações religiosas, tanto para garantir e valorizar o núcleo evangélico em uma eventual eleição do tucano como para compensar a escolha de Barbosinha em vez do bispo Marcos Vitor.

“Incêndio” em Dourados continua

O clima entre assessores do prefeito de Dourados, Alan Guedes (PP), e de Barbosinha (PP), vice na chapa de Eduardo Riedel, continua tenso. Na semana passada, houve confrontos intensos entre eles na cidade.

Fonte CE.

Redação Gdsnews.

 

 

 

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