Alceu Valença: ‘Acham que sou doidão, mas nem bebo mais’

Se o coronavírus deixar, Alceu Valença fará, em julho, sua maior turnê internacional dos últimos tempos. Serão 12 apresentações em sete países mostrando seus maiores sucessos. Na volta, em 7 de agosto, faz, no Vivo Rio, o show “Amigo da arte”, com canções que ressaltam o diálogo entre sua obra e suas referências na literatura, filosofia e artes em geral. Também no segundo semestre, lança o álbum “Valencianas II”, em que canta acompanhado pela Orquestra Ouro Preto.

Isso tudo depois de lançar duas músicas inéditas em janeiro (“Eu vou fazer você voar” e “Beija-flor apaixonado”) e encarar 13 shows no carnaval. Foi durante a folia, aliás, que Alceu bombou na internet, com o vídeo do menino Ryan, de 8 anos, chorando de emoção numa apresentação do cantor no Recife. Ano passado, o compositor pernambucano de 73 anos, já tinha caído nas redes com Stella Valentina, de 6 anos, cantando “Anunciação” animadíssima nos ombros do pai. Foi durante o bloco Bicho Maluco Beleza, em São Paulo, onde a canção virou hit do carnaval. A música também já ganhou versões em estádios brasileiros e até da torcida do Cerro Porteño, do Paraguai.

Alceu Valença Foto: Leo Aversa
Alceu Valença Foto: Leo Aversa

Alceu está acostumado aos virais desde 2016, quando cantou com músicos numa rua do Leblon, e o vídeo se espalhou pela internet: são 7,8 milhões de exibições, 168 mil compartilhamentos e 123 mil curtidas no Facebook. Os 85 milhões de views do clipe “La belle de jour” no YouTube e seus dois milhões de seguidores nas redes não deixam dúvida: o pernambucano está na crista da onda.

Nesta entrevista, o compositor diz que sofre de dislexia (“queria ser intectual, então, fiquei muito complexado com isso”) e lembra que respondeu às questões para uma prova em Harvard com suas poesias. Aos 73 anos, afirma que se sente mais à vontade no palco do que na vida (“palco para mim é vitamina”) e revela que pinta os cabelos, agora brancos, para as temporadas de shows. O cantor também fala sobre sua relação com as drogas.

— Acham que sou doidão, mas nem bebo mais — diz. — O problema da bebida para mim é que tenho ressacas depressivas. No outro dia, acordo com um medo de lascar, paranoia. A última vez que bebi foi há quatro anos, num réveillon. Tomei dois champanhes e endoidei total.

Fonte: O Globo

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