Eduardo Bolsonaro apresenta narrativa de ataque à democracia brasileira em conferência na Hungria.

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Foto Divulgação.

Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro e deputado federal pelo PL, reiterou no exterior sua visão de que a democracia brasileira está sendo ameaçada pelo Poder Judiciário.

Ele afirmou que seu pai e seus apoiadores foram censurados, durante sua participação na Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC) na Hungria, evento que reúne figuras proeminentes da direita global.

O encontro, que teve origem nos Estados Unidos há cerca de 50 anos, foi realizado pela primeira vez na Hungria em 2022, sob a administração do primeiro-ministro Viktor Orbán.

A conferência destacou-se por congregar importantes nomes conservadores dos Estados Unidos, Europa e Hungria.

Em seu discurso, Eduardo Bolsonaro mencionou a prisão de associados próximos a seu pai, incluindo Filipe Martins, Silvinei Vasques, Mauro Cid, e Marcelo Câmara, alegando que foram detidos sem um golpe de Estado concreto em vista. Ele criticou o tratamento recebido pelos presos, alegando torturas sem apresentar provas concretas.

O parlamentar também criticou a prisão de Daniel Silveira, ex-deputado detido por ameaçar membros do Supremo Tribunal Federal e desrespeitar medidas cautelares, questionando a natureza democrática de tais ações.

Além disso, defendeu a participação pacífica da maioria dos manifestantes durante os ataques antidemocráticos de 8 de janeiro, apesar das invasões a prédios públicos ocorridas na mesma data.

Eduardo abordou ainda as restrições impostas a Jair Bolsonaro durante as eleições, como a proibição de transmitir lives eleitorais em espaços exclusivos da presidência e a utilização de imagens de eventos oficiais em sua campanha eleitoral.

Ele argumentou que essas medidas impediram o apoio popular ao seu pai.

O deputado mencionou ainda um episódio envolvendo Elon Musk e o ministro Alexandre de Moraes, relatando a divulgação de decisões sigilosas de Moraes obtidas após uma intimação ao X de Musk.

Eduardo também expressou preocupação com a possibilidade de ter seu passaporte apreendido ao retornar ao Brasil, semelhante ao que aconteceu com seu pai.

Nas redes sociais, Eduardo exaltou Viktor Orbán, descrevendo-o como o “maior líder conservador no poder no mundo”.

Críticos, no entanto, alertam que o governo de Orbán tem enfraquecido o sistema de freios e contrapesos na Hungria, impactando negativamente a independência judicial, a liberdade de imprensa e os direitos de minorias.

A conferência na Hungria e as declarações de Eduardo Bolsonaro refletem um esforço contínuo de ganhar apoio internacional para sua narrativa, destacando a complexidade das relações políticas e judiciais no Brasil atual.

 

Fonte CE.

Redação Gdsnews.