Campo GrandeDestaquesEntretenimento

Em meio à pandemia, gerente comercial se reinventa no delivery de plantas em MS

Após ser demitida da empresa em que trabalhava, a gerente comercial Anna Gomes, de 44 anos, precisou se reinventar para enfrentar a crise causada pelo novo coronavírus. Ela aliou seus conhecimentos de vendas com a experiência de paisagismo do marido e começou a comercializar vasos de planta e mudas no sistema de delivery, em Campo Grande, onde o casal mora.

O negócio deu certo e ela conseguiu salvar o jardim de muitas pessoas durante esse período de pandemia. “Pensei assim: se as pessoas não estão podendo sair para comprar plantas, eu vou levar até elas”, resumiu Anna.

O serviço de entrega não é novo dentre as floriculturas, mas o fato dela oferecer uma espécie de consultoria e levar tudo prontinho, como faz uma rede “fast food “ao entregar lanches, fez diferença. “A gente tem um público bem legal, com pessoas de 25 até 50 anos”, diz.

Anna conta ter percebido um aumento recente do interesse das pessoas por plantas. “Muita gente tinha entrado em depressão nessa pandemia e as plantas trouxeram um ânimo, uma alegria”. Ela acredita que a atividade tenha um efeito terapêutico.

O funcionário público Danyel Galdino, de 31 anos, faz parte do grupo que deu início à criação de um jardim particular quando foi obrigado a passar mais tempo em casa para evitar o contágio pela Covid-19.

“Passei a cuidar mais da casa, até da decoração”, lembra. Neste período, ele encomendou uma samambaia no delivery de plantas. Gostou da experiência e não demorou muito para acrescentar ao jardim outras espécies como a jiboia, a flor do deserto, cactos e onze-horas. “Aqui todo mundo gosta. Todo mundo cuida”.

A família de Laura Bezerra Chaves, de 64 anos, também é apaixonada pelo jardim da aposentada, mas ela é a principal responsável pelos cuidados das plantas que escolhe muitas vezes por WhatsApp. “Sempre gostei de plantas, mas fiquei mais encantada quando descobri esse serviço. Ligam para mim para falar que chegaram plantas novas e eu quero uma, depois outra, depois outra. Eu fico louca”, brinca.

Laura também vê o cultivo das plantas como terapia, mas confessa ficar um pouco ansiosa à espera de novas espécies. “Eu fico enfeitiçada com o delivery. Quando avisam o dia que vai chegar eu já fico de olho porque é uma facilidade enorme. Mandam a que você escolher, do jeito que pedir”, diz. “E depois que aposentei eu só penso em planta. Só mexo com isso”.

A aposentada não sabe ao certo quantas espécies estão espalhadas pela casa, mas afirma cuidar de cada uma delas com muito carinho. “Todo dia eu olho para ver se estão bonitas. Às vezes não tem mais lugar pra pôr, mas eu dou um jeitinho. Sempre arrumo um lugarzinho”, finaliza.

Mostrar Mais
Botão Voltar ao topo