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Sesau alerta para o risco da reintrodução da poliomielite

A vacina é a única forma de prevenção e o foco são crianças de até 4 anos

A Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) emitiu alerta para que a população se atente ao risco de reintrodução da poliomielite e vacinem crianças de até 4 anos de idade.

Na Capital, segundo dados da Sesau, após o fechamento da última campanha de vacinação o percentual chegou a 25%, a parcial de 2022 até agora é de 75%.

Neste ano foram notificados 4 casos no Mato Grosso do Sul, sendo 2 em Campo Grande, 1 em Ponta Porã e 1 em Três Lagoas. Todos deram resultados negativos e foram monitorados.

A Capital mantém 73 unidades de saúde abertas durante todo o dia, de segunda a sexta-feira, com vacina disponível.

A preocupação está aumentando após dois casos da doença serem confirmados no Malawi e Israel, neste caso a doença estava eliminada há 32 anos.

No Brasil a doença foi erradicada em 1994 e nesta semana mais um caso suspeito surgiu no Pará.

Apesar de erradicada no país, existe um risco real de reintrodução da poliomielite nas Américas e no Brasil, pois as coberturas vacinais no Brasil e no mundo têm apresentado queda progressiva e o vírus selvagem permanece endêmico no Paquistão e Afeganistão.

Na campanha nacional contra a poliomielite, que encerrou no fim de setembro, 54,21% das crianças entre um e menores de cinco anos tinham sido imunizadas.

Apesar do encerramento da campanha, as vacinas são disponibilizadas para a população no ano todo.

Poliomielite

A poliomielite, ou “paralisia infantil”, é uma doença infectocontagiosa viral aguda causada pelo agente etiológico Poliovírus do gênero Enterovírus, que tem como fonte principal de transmissão as vias fecal/oral e, menos frequentemente, a água ou alimentos contaminados.

A paralisia flácida ocorre em aproximadamente 1% das infecções causadas pelo Poliovírus, acometendo, em geral, os membros inferiores de forma assimétrica, tendo como principais características a flacidez muscular, com sensibilidade preservada, e arreflexia no segmento atingido. Não possui tratamento específico, sendo a vacina a forma de prevenção.

O que fazer na suspeita de um caso de paralisia flácida aguda?

1º – NOTIFICAÇÃO: A notificação de toda PFA em menores de 15 anos de idade é compulsória e imediata. No entanto, devem ser realizadas buscas ativas nas instituições de saúde dos prontuários de pacientes menores de 15 anos, a fim de encontrar casos de PFA não notificados e, se em tempo hábil para realizar coleta da amostra de material para pesquisa do Poliovírus.

2º – COLETA: A coleta da amostra de fezes para pesquisa e sequenciamento do Poliovírus deve ocorrer até o 14º dia do início da deficiência motora (DM) sendo considerada coleta oportuna, ou até o 60º dia do início da DM (coleta inoportuna).

3º – VIGIL NCIA: A vigilância das paralisias flácidas agudas e da poliomielite segue os Indicadores Operacionais de Avaliação de Qualidade da Organização Mundial de Saúde (OMS), com metas mínimas que devem ser alcançadas pelos países a fim de manter a certificação de erradicação da poliomielite e manter uma vigilância efetiva.

 

Fonte CE.

Redação Gdsnews.

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