Sumiço há quase 1 mês de onça-pintada causa preocupação e pode gerar prejuízo ao Pantanal

De frente, a onça-pintada que está desaparecida – Foto IHP

Uma onça-pintada monitorada por institutos de pesquisa desapareceu no Pantanal e o sumiço dela poderá gerar dano social, ambiental e econômico, estima o Instituto Homem Pantaneiro.

O felino desapareceu na região de Miranda em dezembro de 2023 e teve seu colar de monitoramente encontrado no último dia 10 de janeiro de 2024. De acordo com o Instituto Homem Pantaneiro (IHP), o impacto negativo com o sumiço da onça atinge o Pantanal como um todo. “seja para a fauna, como para o lado social e econômico no território”.

Trata-se de um macho, que era monitorado pelo Reprocon e pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). A suspeita de que ele tenha sido abatido não é descartada.

Ângelo Rabelo, presidente do Instituto Homem Pantaneiro, disse que uma ação rápida de mais autoridades é necessária para que o caso não fique sem respostas, tanto com ações policiais em andamento, e também por parte das entidades que atuam diretamente na conservação do bioma.

“O Instituto Homem Pantaneiro vem trabalhando, por meio do programa Felinos Pantaneiros, administrar, primeiro, o conflito com a pecuária e essa espécie, que acaba causando prejuízo ao proprietário. Também trabalhamos na relação com a comunidade (e a onça-pintada). Procuramos com orientação, ações de educação, diminuir essa tensão e esse medo. A espécie é o símbolo desse bioma e ela representa em oportunidade para o turismo, para o crédito de biodiversidade, que está por vir. É inconcebível que tenhamos ações de crime contra a onça-pintada”, detalhou o presidente do IHP, Ângelo Rabelo.

Conforme o IHP, o maior felino das Américas em um território contribui para fomentar o turismo de natureza, dar suporte nos créditos de biodiversidade e créditos de carbono, e ainda favorecer, em um conceito de coexistência, a produção de carne orgânica e sustentável do Pantanal.

O programa Felinos Pantaneiros, iniciativa do IHP que teve início no Pantanal Sul-Mato-Grossense inspira programas semelhantes no Brasil e na América do Sul, com ações para preservar e repovoar a população de felinos em outros biomas, como a caatinga, e também em outros países, como na Colômbia, por exemplo.

A onça-pintada é uma das espécies listadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) como ameaçadas de extinção.

 

Fonte CE.

Redação Gdsnews.

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