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Com um poder inexplicável Londres Machado está há mais de 45 anos na política e nunca destinou emendas parlamentares à Dourados

O que mais impressiona, é que Dourados, é um dos seus maiores redutos eleitorais.

Londres Machado é deputado estadual desde 1971, quando a Assembleia Legislativa ainda era sediada em Cuiabá, capital do Mato Grosso. A partir de 1977 com a divisão do Mato Grosso do Sul pelo então presidente Ernesto Geisel, o cardeal assumiu o Governo do Estado por duas vezes nas constantes brigas políticas dos ex-governadores Pedro Pedrossian, Marcelo Miranda e Harry Amorim Costa, presidindo inclusive a Casa de Leis Estadual.

Recordista em legislatura Londres Machado, nomeia vendedor de ...

Desde este período, Londres Machado sempre foi um cacique político poderoso com presença marcante nas eleições locais, patrocinando as candidaturas vitoriosas de prefeitos como Totó Câmara (1973), Zé Elias Moreira (1976), Luiz Antônio (1982), Laerte Tetila (2000 e 2004), Ari Artuzi (2008) e Délia Razuk (2016). No entanto, a cidade nunca recebeu uma emenda parlamentar de Londres destinado a saúde pública ou assistência social, mesmo cada parlamentar tendo em sua cota o valor de R$ 1,5 milhão de recursos para ajudar anualmente as entidades filantrópicas e municípios.

 

Já foi seu representante na cidade o ex-vereador e ex-presidente da Câmara Carlinhos Cantor (PL), e atualmente é o ex-vereador Marcelo Hall seu assessor parlamentar responsável pela articulação do interior do Estado.

 

Servidor comissionado

 

Há alguns dias atrás a imprensa publicou que o Ministério Público Estadual de Dourados (MPE) pode apurar a legalidade na nomeação do empresário Claudio Marcelo Hall no gabinete do deputado estadual Londres Machado (PSD), segundo consta o parlamentar não possui escritório político em Dourados, mas um dos seus auxiliares são vistos diariamente desenvolvendo atividades particulares, que diferem das funções delimitadas pela Assembleia Legislativa, inclusive trabalhando diariamente em uma empresa de venda de Gesso, sem quase nunca freqüentar a Assembleia Legislativa do MS, que deveria ser o seu local de trabalho, que lha faculta um salário mensal de 4.800 reais, dinheiro tirado dos cofres públicos estaduais.

 

O ex-vereador Marcelo Hall é marido da atual vereadora Daniela Hall, pré-candidata a prefeita pelo PSD, partido de Londres, do senador da república Nelson Trad e do deputado federal Fábio Trad. Daniela no parlamento recebe remuneração superior a R$ 9 mil, inclusive exerceu a função de presidente da Câmara Municipal de Dourados entre 2017 a 2018.

 

“Antes de acusar, deve ouvir o contraditório do Marcelo Hall, pois mesmo com novo concurso público realizado na gestão do então presidente Junior Mochi, há completa indefinição das funções do assessor parlamentar, isso é algo comum e extremamente prejudicial, pois servidores comissionados contratados para essa genérica função, por vezes, são avistados em situações que fazem crer, a qualquer trabalhador que possui carga horária a cumprir, que eles desenvolvem funções privadas ou não laboram”, pontuou a técnica de assuntos jurídicos Cristiane Sauro, 29 anos, residente em Itaporã, cursa Direito em universidade particular de Dourados.

 

“É penoso o Ministério Público ajuizar ação por improbidade administrativa contra supostos “servidores fantasmas”, no curso da sua instrução probatória as sentenças são absolutórias ou reformadas em segundo grau pelo Tribunal de Justiça. É um mistério o fato do mesmo cargo comportar funções aleatórias no interior dos grandes centros urbanos, conforme a vontade do parlamentar que contrata, colocando alguns para atividades internas, outros externas no acesso com autoridades, eleitores, mídia eletrônica e/ou secretariar assuntos pessoais do político. Isso requer uma normativa além do Estatuto do Servidor para evitar que mal entendidos persistam”, criticou Gessé Pelotas, 49 anos, acadêmico do curso de serviço social em instituição privada.

 

Funcionário fantasma

 

Em 2019, o médico douradense George Takimoto (MDB), dono de uma trajetória de 30 anos na política sul-mato-grossense, alcançou absolvição na ação por improbidade administrativa que o acusava de manter uma funcionária fantasma no gabinete da Assembleia Legislativa. Na ocasião, o juiz David de Oliveira Gomes Filho determinou bloqueio de R$ 133,3 mil de Takimoto e da servidora Rosineide da Cruz, na acusação, a promotoria se pautou na rotina de trabalho da assessora que deixava o filho na escola, ia à academia e depois seguia para o comércio de cosméticos ao qual ela é proprietária na Capital.

 

Apesar de tudo, o maior Cacique da política de Mato Grosso do Sul, continua mandando e desmandando, na Assembleia Legislativa do MS, mesmo não sendo presidente, e sem sequer trabalhar em favor daqueles, que o elege a cada campanha política.

 

Redação TVgdsnews 1.

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