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Morre Jô Soares, artista e humorista que marcou a cultura do país, aos 84

Na TV, no teatro e na literatura, ele esbanjou irreverência e erudição, com personagens que entraram para a história

O artista, ator, escritor e comediante Jô Soares retratado pelo fotógrafo Bob Wolfenson – Bob Wolfenson

CRISTINA CAMARGO

FOLHA DE S. PAULO
SÃO PAULO – O humorista Jô Soares morreu na madrugada desta sexta-feira, no hospital Sírio Libanês, em São Paulo. A morte de José Eugênio Soares foi confirmada pela ex-mulher do artista, Flávia Pedras Soares nas redes sociais. “Nos deixou cercado de amor e cuidados”, ela disse. A causa da morte não foi informada.

Jô nasceu no Rio de Janeiro em 1938 e era filho único de uma família rica que perdeu a fortuna. Estudou na Suíça e nos Estados Unidos, falava seis línguas e abandonou o plano de ser diplomata para se dedicar à vida artística. Interpretou dezenas de personagens, criou bordões e apresentou o mais conhecido programa de entrevistas da TV brasileira.

Foi ator de teatro, cinema e televisão, além de dramaturgo, roteirista, diretor e escritor.

O artista entrou na Globo em 1970, como protagonista do programa “Faça Humor, Não Faça Guerra”. Já havia passado pelas pelos canais Continental, Rio, Tupi, Excelsior e Record. Atuou, por exemplo, no clássico “Família Trapo”.

Estreou seu próprio programa, o “Viva o Gordo”, em 1981. Seis anos depois, saiu da Globo para apresentar seu talk show, o Jô Soares Onze e Meia, no SBT. De volta à Globo em 2000, comandou por 16 anos o Programa do Jô.

Ele se casou três vezes, com as atrizes Tereza Austragésilo e Silvia Bandeira e com a designer gráfica Flavia Junqueira. Com a última, brincava que vivia uma separação que não deu certo. Os dois ficaram muito amigos. Jô teve um filho, Rafael, morto em 2014, aos 50 anos.

O funeral, em local não divulgado, será apenas para familiares e amigos.
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