Chamado de Myrkl, o produto é composto de micro-organismos vivos que, ao serem ingeridos, convertem o álcool em gás carbônico e água. Isso evita as substâncias que causam as complicações comuns depois da ingestão de bebida alcoólica.
O álcool normalmente é metabolizado pelo fígado. Neste processo, ele pode resultar em ácidos tóxicos, como o etanoico, que afetam o bem-estar da pessoa. A ideia do Myrkl é agir antes que esse processo de metabolizar o álcool ocorra.
O produto é desenvolvido pela empresa de Faire Medical (DFM) e é comercializado em um site próprio. Uma caixa com três comprimidos custa £ 30 (aproximadamente R$ 192), mas os itens esgotaram.
Para funcionar, a empresa indica que é necessário tomar dois comprimidos do produto com no mínimo uma hora de antecedência da ingestão de bebida alcoólica.
O Myrkl é um probiótico —aqueles produtos que contêm em sua fórmula micro-organismos vivos. Ele libera as substâncias presentes no produto –entre as quais, bactérias do gênero bacillus– no intestino da pessoa que consome a pílula.
Essas bactérias são reconhecidas por terem a capacidade de converter o álcool em gás carbônico e água antes que ele seja metabolizado pelo fígado. É por essa razão que o produto consegue evitar a tão indesejada ressaca já que a bebida não resultaria em ácidos tóxicos.
Essa investigação contou inicialmente com 24 pessoas que foram divididas em grupo experimental —usou o produto em si– e um grupo placebo –consumiu farinha de arroz. Os participantes utilizaram o produto por uma semana em conjunto com a ingestão de bebida alcoólica.
No final do estudo, os pesquisadores observaram uma queda média de 70% dos níveis de álcool no sangue no grupo experimental após 1 hora da ingestão de bebida alcoólica em comparação com os participantes que tomaram o placebo. Esse seria um indicativo da eficácia do produto.
Mesmo assim, os autores apontam algumas limitações do estudo. Além do conflito de interesse que pode existir, a pesquisa contou com um número pequeno dos participantes –dos 24 que estavam no início da pesquisa, somente 14 participantes compuseram a análise final por causa de critérios de exclusão.