Após comprar cesta básica Brasileiros fica com R$74,00 do salário mínimo; Prato feito e cesta básica sobem 23,5%

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O prato feito, geralmente composto de carne, arroz, feijão, batata e salada, sofreu alta de 23,5% nos últimos 12 meses. Segundo estudo do Ibre (Instituto Brasileiro de Economia), o PF, como é conhecido popularmente, aumentou bem mais que a inflação medida no mesmo período, que foi de 10,3% pelo IPC-M (Índice de Preço ao Consumidor  Mercado) e de 12% pelo IPCA (Índice de Preço ao Consumidor Amplo).

O estudo é realizado com base na avaliação de dez itens básicos: arroz, feijão-carioca, feijão-preto, alface, batata-inglesa, cebola, tomate, frango em pedaços, ovos e carnes bovinas. De todos eles, o que mais aumentou foi o tomate (126%).

Dos dez itens, apenas o arroz (-10,5%) e o feijão (-3,4%) sofreram deflação, ou seja, queda nos preços. Segundo Matheus Peçanha, economista do Ibre, esses grãos estavam com o preço inflacionado por causa da seca provocada pelo fenômeno natural La Niña, que ocorreu no último ano. “Passado esse problema, o regime de chuvas voltou ao normal, ou até em excesso, e então a produção também normalizou”, explica.

Os preços do arroz e do feijão, apesar da deflação registrada nos últimos 12 meses, ainda estão mais altos do que antes, no período pré-pandemia, em 2019. “Se comparar os 24 meses, a deflação não é suficiente para chegar no período pré-pandemia, então feijão e arroz ainda estão mais caros. Mas, como existem muitas safras em um ano só, é normal que o preço volte ao patamar mais justo.”

Nos 12 meses imediatamente anteriores, de maio de 2020 a abril de 2021, o arroz havia subido 55%, e o feijão, 61%, sobretudo pelo problema da seca.

fonte: R7