Após bater em R$ 4,12, o dólar fechou em leve alta nesta segunda-feira (20), de olho no cenário político local mais conturbado e após atuação do Banco Central no mercado de câmbio.
A moeda dos Estados Unidos subiu 0,1%, R$ 4,1033. Na mínima do dia chegou a R$ 4,0782, e na máxima bateu R$ 4,1219, maior cotação intradia desde 25 de setembro (R$ 4,1414). No ano, o dólar acumula alta de 5,91%.
Já o dólar turismo fechou o dia vendido perto de R$ 4,26, sem considerar o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
Após o fechamento dos mercados na sexta-feira, o Banco Central anunciou que irá realizar leilões de linha (venda de dólares com compromisso de recompra) no valor de até US$ 3,75 bilhões, em operação que pode evitar o enxugamento de liquidez do sistema e, assim, abrandar a valorização do dólar.
As operações serão feitas em 3 dias: desta segunda até quarta-feira, no valor máximo de US$ 1,25 bilhão em cada um dos dias. Nesta segunda-feira, o BC vendeu todo valor ofertado.
Os leilões de linha tendem a reduzir a pressão pela alta da moeda. Isso porque, com mais dólares no mercado, seu preço tende a ficar menor.
“Tecnicamente, existe muito espaço para o dólar cair. Mas esse espaço está muito limitado fundamentalmente pela questão política interna. O mercado segue de lado, à espera dessa semana com muito motivo para cautela”, disse à Reuters Cleber Alessie Machado, operador da H. Commcor.
O Banco Central também vendeu nesta segunda-feira todos os 5,05 mil swaps cambiais tradicionais ofertados em leilão para rolagem do vencimento julho. Em 13 operações, o BC já rolou US$ 3,283 bilhões, de um total de US$ 10,089 bilhões a expirar em julho. O estoque de swaps do BC no mercado é de US$ 68,863 bilhões.
Fonte G1